segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Príncipe da Pérsia - As Areias do Tempo



Se me perguntassem quantos filmes bons eu vi no cinema, eu poderia listá-los com apenas uma mão. Esse ano foi uma grande decepção minha em relação a filmes. Porém, um dia eu estava ansiosa pra ver Fúria de Titãs, mas estava esgotado, resultado: acabei indo na estreia de Prince Of Persia. Na realidade, eu já tinha visto o trailer e por algum motivo eu não tinha me animado tanto quanto Fúria de Titãs.

O filme é uma adaptação de um jogo, como a maioria sabe. O filme conta basicamente a história de Dastan (Jake Gyllenhaal), um jovem príncipe, que auxilia o irmão a conquistar uma cidade. Lá ele encontra uma estranha e bela adaga, a qual decide guardar. Tamina (Gemma Arterton), a princesa local, percebe que Dastan detém a adaga e tenta se aproximar dele para recuperá-la. A adaga possui o poder de fazer seu portador viajar no tempo, quando dentro dela há areia mágica. Só que Dastan é vítima de um golpe. Ele é o encarregado de entregar ao pai, o rei Sharaman (Ronald Pickup), uma túnica envenenada, que o mata. Perseguido como se fosse um assassino, ele precisa agora provar sua inocência e impedir que a adaga caia em mãos erradas.

Saindo do cinema, eu nem sabia do que eu mais tinha gostado: se era a escolha dos atores, se era o figurino impecável de Penny Rose (a mesma de Piratas do Caribe), se era o cenário, onde muitas cenas foram gravadas no Marrocos, ou se era até mesmo da música.

No começo, inúmeros fãs ficaram preocupados com a escolha de Jake Gyllenhaal, mas acho que ficaram surpresos com o resultado. Jake realiza todos os movimentos, claro, muitos pendurado por cabos, mas um em especial onde ele salta sobre umas ‘barras’, ele não usa cabos! Eu fiquei surpresa, porque era algo realmente difícil de fazer. Uma das grandes revelações do filme é a atriz Gemma Arterton. Ela interpreta uma princesa com tanta convicção, com tanta seriedade, e sempre mostrando um lado durão e mandão que chega a dar graça ao lado de Jake, seu par romântico.

O que eu gosto nos filmes da Disney, é o quanto eles se preocupam com os detalhes. Preocupam-se até com quantas nozes terá a cesta, e isso se reflete muito no cenário, que é maravilhoso e até mesmo na própria adaga (foram feitas trinta até achar a perfeita para o filme). É estranho como poucos filmes são filmados no Marrocos, lá há tantas diversidades, desde o mais verde até o deserto mais seco...

Príncipe da Pérsia pode não ter agradado aos fãs mais viciados do jogo, mas com certeza não é mais um filme sem sal de final de semana. Tanto que eu já assisti ao filme quatro vezes, cada vez que eu assisto, eu reparo em algo diferente. Alguns até comparam o filme com uma situação real, onde a cidade de Alamut é na verdade o Iraque... Mas eu não gosto de falar muito disso.



Tamina: Cabeça bem levantada, peito estufado, passos largos e com força. O andar de um príncipe persa convencido. Não há duvida que devam ter te dito desde que você nasceu que o mundo é teu. E você realmente acredita nisso! Dastan: Eu não nasci num palácio, como tu. Eu nasci no meio da pobreza e da miséria, onde tive de lutar para sobreviver. Tamina: E como se tornou um príncipe? Dastan: O Rei estava marchando pelo mercado um dia, eu...não sei, ele me encontrou. Ele me levou. Ele me deu uma família, me deu um lar. O que você está vendo é o andar de um homem que acabou de perder tudo.

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